quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Capítulo 4 sonhos fotografados.


Capítulo 4.






Sonhos fotografados.
- Não importa! Você não iria acreditar mesmo...- disse Dereck.

-Claro que importa! Você sai da cadeia e não avisa seus pais, vai para New York e me traz até Paris, tudo isso antes do dia terminar e você diz que não importa?! - eu disse gritando.

- Britt você disse que confiava em mim... - disse Dereck.

- Ai meu DEUS! Você está foragido?! - perguntei.

- Não, eu fui solto! - disse Dereck.

- E eles te deram dinheiro por ter te prendido injustamente? - perguntei.

- Não. - disse Dereck.

- Então... Dereck, quem era o cara que estava falando com você quando eu estava vendada? - perguntei.

- Meu pai... Foi ele que me trouxe aqui com você e ele me emprestou a grana para bancar o jantar romântico... - disse Dereck.

- Ah, sei. E o Tom agora é mágico! - eu disse com ironia.

- Não exatamente... Mas ele pode se teletransportar.

- Dereck? Você não parou de ver desenhos? - eu disse.

- Britt, eu te trouxe aqui justamente por isso. Pra te contar a verdade...

- Que verdade? Que você ainda vê desenhos animados e acha que a vida é um? - indaguei.

- Os menbros da minha família sofrem de uma anomalia genética. Quando temos um sonho intenso ou sentimos que alguém que é ligado á nós está em perigo, nós conseguimos nos teletransportar. E como sosmos descendentes de franceses e toda essa história começou aqui... Achei que deveria te contar aqui. O nosso campo de força, onde somos mais forte está aqui em Paris. Na torre Eiffel. Quer ir lá? - disse Dereck.

- Nossa! Daria uma ótima história em quadrinhos... - eu disse rindo.

- Só se a mocinha aceitar o convite. - disse Dereck.

- Ok! Eu vou! - eu disse. - Fomos andando até a torre, não tinha muito movimento de pessoas e o Sol estava deixando a tarde para a neblina gelada da noite tomar conta do ambiente. Mas ainda estava claro. Quando chegamos na torre Dereck começou a tremer compulsivamente.

- Você está bem? - perguntei.

- Sim, evoluindo. - disse ele.

- Que pena o elevador está ruim. - eu disse.

- Não se a mocinha aceitar ser teletransportada. - disse Dereck.

- Claro! Seria ótimo! - eu disse debochando da situação. - Dereck me abraçou e ainda estava tremendo. Eu não sabia mais o que me fazia balançar, se era Dereck com aquela tremedera ou o batuque que meu coração fazia com medo de ser mesmo teletransportada. Depois vi seu rosto se partindo em minísculos pedaços e um vento estrondoso veio sobre nós. Fechei meus olhos e senti meu corpo se desfragmentando em partículas e em segundos estávamos no alto da torre.

- Ah, que isso?! - gritei.

- Calma! - disse Dereck.

- Calma nada, me tira daqui! Eu ja devia ter desconfiado pela neblina... - eu disse.

- Dominei, dominei! Evolui! - gritava Dereck feliz.

- Dereck isso não tem graça! - eu disse.

- O que? Se teletransportar? - perguntou ele.

- Teletransporte... Sai logo do meu sonho! Eu vou pular da torre! Assim eu vou acordar com o susto e ainda vou crescer alguns centímetros. - eu disse indo para a beira da torre Eiffel.

- Brittany não faça isso! - disse ele com autoridade e já nervoso.

- Faço sim! O sonho é meu! - eu disse abrindo os braços para me jogar. Tirei o pé esquerdo da barra que separa o chão da torre do nada doa ar que me faria cair como uma maçã podre. A maçã pecadora do Jardim do Éden. Dereck se aproxímou e eu me joguei. Foi uma sensação desesperadora e ao mesmo tempo feliz. Pela primeira vez na minha vida eu estava me arriscando. Mesmo que num sonho. Dereck se jogou logo atrás de mim, consegiu me agarrar e ...

Caímos no meu antigo quarto, em cima da minha cama, na casa de Christine.

- Sai de cima de mim! - gritei. - Dereck tapou com a mão a minha boca para que ninguém nos ouvisse. Tarde demais. Christine abriu a porta e disse:

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

segunda parte do Cap 3


Capítulo 3









Olhos Fechados.
- Dereck vendou os meus olhos e eu disse:

- Jantar?

- Sim! - respondeu Dereck.

- Mas ainda está de tarde e eu nem almocei... - eu disse.

- Não vai querer perder o voo, né? - ele disse.

- O que? Você é maluco! Está me levando para onde? - gritei.

- Isso! Fala mais alto, as pessoas na rua ainda não sabem que eu sou um ex presidiário e que estou te raptando.... - disse Dereck num tom irônico. - Eu sorri baixinho e ele disse:

- Entra aí!

- Onde? - perguntei.

- Ah, desculpa! Esqueci que você não está vendo.... Foi só um teste ... - disse ele me colocando dentro de um carro. A sensação de adrenalina no meu corpo era notória, mas eu me traquilizava sempre que ouvia a voz de Dereck. Ele me abraçou e depois emudeceu.

- Fala alguma coisa Dereck, que angustia! - eu disse.

- Não vai dar tempo! - disse ele.

- O que? Não vai dar tempo de que? Do jantar? - perguntei.

- De chegar em... Quase que eu falo! - É melhor ficar quietinha Brittany. - ele disse.

- Isso não é justo! Eu tenho que saber onde estou indo. - reclamei.

- Não! Você não precisa saber muito sobre mim, apenas confiar. - ele disse.

- Ok. Não quero mais saber de nada... - fiz cara de choro e cruzei os braços.

- Chegamos! - disse ele.

- Mas ainda não está á noite.... - eu disse.

- Quer dizer que a srtª está vendo?! - disse Dereck.

- Claro que não! É só calcular o tempo! - eu disse. - ele me ajudou a sair do taxi e ele tirou minha venda. Estávamos em frente ao aeroporto de New York. Entramos e ele continuou mudo. Tentei decifrar seu olhar , mas era impossível... Ele ficava mudando o alvo á cada segundo. Não consegui acompanhar seu olhar misterioso e lindo.

- Droga! Está atrasado ! - gritou Dereck.

- O que foi?! - perguntei.

- O voo está atrasado. Vamos perder nossa reserva no restaurante... Tive uma idéia! - ele pegou o celular e parecia falar com o sr Colck. Depois de tagarelar uns 5 minutos ele olhou pra mim e disse:

- Confia em mim?!

- Claro! Você acha que eu estou aqui porque? - eu disse.

- Ótimo! - disse ele botando a venda novamente.

- Ah, essa tortura de novo?! - perguntei reclamando. - ele pegou na minha mão e fomos andando sei lá praonde....

- Pronto?! - ouvi a voz de um homem dizendo com Dereck. Aquilo me fez sentir repulsas e uma vontade de gritar terrivel. Mas eu tinha que confiar em Dereck. Ele não me faria mal, nem mesmo pelo fato de ter ficado na cadeia por minha causa.

- Claro! - disse Dereck. Ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido:

- Vai doer um pouquinho... - quando eu pensei em responder senti outros braços envolvendo a mim e a Dereck que estávamos abraçados. Senti minha cabeça girar e uma sensação de cair de uma montanha russa de 25 metros de altura. Meu estômago já estava fraco de tanta fome e com aquele balanço ele ... ele veio a desfalecer dentro de mim. Pensei em reanima-lo porque eu queria muito esse jantar com Dereck, mas ele não colaborou. Senti meus pés batendo no chão numa velocidade feroz que fazia minhas pernas tremerem e o chão parecer de borracha.

- Você está bem? - perguntou Dereck.

- Acho que sim! - eu disse só para não estragar o jantar.

- Obrigado! - disse Dereck. - e o homem disse:

- Direi isso quando Mel cortar meu pescoço. - senti um vento forte e depois uma calmaria e Dereck disse:

- Pode tirar a venda. - Sinceramente eu tinha medo de tirar a venda. Fiz uma cara de enjoada e disse:

- Agora?

- Sim! - disse ele entusiasmado. - pelo seu estusiasmo achei que não teria nenhuma bizarrice me esperando abrir os olhos. Tirei a venda e ainda estava tudo escuro.

- Por que está escuro? Você não cansa de suspense não é? - eu disse quase gritando.

- Britt! Seus olhos estão fechados. - disse Dereck. Eu sorri com indiferença e levantei minhas mãos até os olhos. Realmente, estavam fechados. Eu não conseguia abrir.... Comecei a entrar em desespero...

- Dereck não consigo abrir... Não consigo! - eu disse quase socando os meus olhos.

- Calma, calma... Foi a velocidade em que viemos e a pressão da venda nos olhos! - disse ele na maior calma.

- Ah, só foi isso! E eu nem gosto de enchergar mesmo.... Dá pra abrir os meus olhos?!- gritei.

- Dereck segurou em minhas mãos e foi me conduzindo a um lugar perto de onde estávamos. Ele me soltou e eu disse:

- Agora vai me deixar sozinha e sem ver... - arfei.

- Eu estou aqui! - disse ele. Senti suas mãos molhadas nos meus olhos e aquilo foi fazendo meus olhos desgrudarem... Abri os olhos e estava tudo meio embaçado, mas ainda assim eu sabia onde eu estava... Sim eu sabia. Era inconfundível! A linda e amada cidade das luzes. Onde eu sonhava ir quando termisanasse a faculdade...

- Se eu não estiver sonhando isso aqui é PARIS! -eu disse.

- Não está! - disse Dereck.

- Que lindo! - eu disse abraçando Dereck.

- Voltou a enxergar bem rápido heim... - disse ele.

- Paris é inconfundivel meu caro. - eu disse

- Como está se sentindo? - perguntou Dereck.

- Como se estivesse passado num processo de coação! Me senti num funil para humanos... Foi terrível e agradavel. - eu disse.

- Acho que ainda da tempo de aproveitarmos o por-do-sol antes do jantar. - disse Dereck.

- Como chegamos tão rápido?! - perguntei. - Ele ficou apreensivo e senti um nervoso tomar conta dele. Os olhos dele pareciam duas rodas de um carro veloz a 180 por hora.... - ele se preparou para responde, pegou minha mão como se fosse impedir que eu fugisse e disse: