sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Livro Monoico- 2ª parte do cap 8


Segunda parte do Capítulo 8








Tupperware




- Brittany acoooorda! - gritou Christine entrando no meu quarto mais tagarela que nunca...

- Devo ir com esse ou com esse? - perguntou ela estendendo dois vestidos.

- Vai com o lilás! - eu disse. Fiquei pasma observando minha mãe, ela era uma Deusa. Uma "Tuppeware". [ Sabedoria popular] A mulher mais incrível! A que tem orgulho de ser mulher; Que é ousada e audaciosa. Comtemporânea. Vencedora. Que tem objetivos de vida e luta por eles. Que aprecia o belo e o prático. Sintonizada com o seu tempo. Que rejeita imitações. De todas as raças. De todas as cores. Ela é o que eu quero ser daqui há uns anos... [pensei]

- Onde vamos? -perguntei.

- Ao cinema e depois comer pizza. - respondeu Christine.

- Na pizzaria do amigo do papai? - perguntei.

- Já foi lá?! - perguntou Christine.

- Ah mãe... Eles vão ficar conversando sobre 1987. - Arfei.

- Tô brincando! Vamos jantar nun restaurante francês. - disse Christine.

- AHHHHHHHHHHHH - gritei.

- O que foi? - disse Christine.

- Meu primeiro jantar romântico e eu não tenho uma roupa adequada. - eu disse.

- Já pensei nisso! - disse ela esbanjando praticidade e eficiencia.

- Como? - perguntei.

- Espere aí... Feche os olhos e só abra quando eu mandar, se ficar de olhos abertos vou pegar a venda que eu comprei no sex-shopping...

- Mãe já fechei os olhos! - eu disse - ela foi até o quarto dela e voltou dizendo:

-Não abra! Eu comprei esse vestido pensando no baile do fim do ano, mas como o baile é a fantasia você pode usar hoje. Comprei pra você...

- Que lindo! - eu disse.

- Abre os olhos menina!! Você nem viu! - Abri os olhos e ela esava segurando aquele vestido... "O vestido" ... O vestido que eu achei no guarda-roupas dela, lilás-azulado... Que mudava de acordo com a exposição da luz... O vestido do OSCAR!

- Ah mãe é lindo! Pensei que você iria usar no casamento da tia Beck.

- O que? O casamento da Beck foi três meses atrás, como sabia do vestido?

- Eu? Sabia? Que louca! Eu queria dizer... - ela me interrompeu dizendo:

- Prova! Eu quero ver...

- Não! - eu disse pegando o vestido da mão dela.

- Por que? - ela disse com uma voz chorona.

- Só depois que eu estiver pronta! - Ela fez um som estranho com a boca e foi se arrumar.



40 minutos depois...



- Briiiitt! Dereck chegou! - gritou Robert.

- já vou... - eu respondi aos gritos.

- Na verdade ela quis dizer: Espera mais uns 40 minutos!- disse Robert para Dreck.

- Eu ouvi isso! - eu gritei reclamando.

- Briiiiiiiiiitt! Vamos? - gritou Christine. - Ai meu Deus! Minha mãe já está pronta? Como assim? [pensei]

- Já vou! - gritei.

- Mai 40 minutos eu não aguento! - disse Christine.

- Eu também ouvi isso! - gritei.

- É melhor você está uma Deusa... Pra demorar tanto...- disse Christine.

- Vocês não querem me ligar não? Tem telefone aqui em cima! Se eu fosse vizinho de vocês eu já tinha processado todo mundo. - eu disse. Todos riram e eu fui descendo a escada meia bamba com o salto fino de Christine. A luz que ficava no corredor em frente a escada fez o vestido reluzir em milhares de particulas brilhantes... parecia ter mil estrelas nele.

Livro monóico Capítulo 8


Capítulo 8




Tupperware





- Sim! - eu disse. - ele foi colocando o anel no meu dedo e eu senti que a ponte que nos separa estava servindo pra nos unir. Me emocionei e ele disse:

- Me perdoa por tudo! Pelas brigas, burrices, pelo o que eu disse... - eu o interrompi dizendo:

- Dereck não se desculpe pelas brigas, elas servem para nos deixar mais fortes um com o outro.

Eu só detesto ir dormir brigada com você. Minhas noites são dolorosas quando eu vou dormir sem ter a certeza do que realmente você sente por mim; Ou se na manhã seguinte vou te ver e você vai dizer que me ama mais que ontem.

- Eu vi uma lágrima correndo do olho direito de Dereck.

- Viu o que você fez? - ele disse apontando a lágrima.levantei minha mão e disse:

- Em todas as vezes que correr lágrimas de seus olhos eu estarei aqui para limpá-las e transformá-las em conforto. E vou te dar um beijo doce!

- Promete que o beijo vai ter gosto de brigadeiro! - ele disse rindo.

- Porque você não consegue ser romântico? - perguntei rindo.

- Consigo sim! - ele disse me pegando no colo e me levando até o carro. Ele me deixou em casa e disse que me ligaria mais tarde. Entrei em casa cantando a música love long distance da banda The Gossip.

- Nossa, que felicidade! - disse Christine.

- Mãe? Não foi trabalha? - indaguei.

- Me dei um dia de folga! - ela disse.

- Porque vocÊ não pede demissão?! Robert tem um trabalho ótimo e pode aracar com as despesas. E daqui á pouco eu vou sair de casa ...

- Por isso não posso pedir as contas... Você vai sair de casa e com quem eu vou ficar?! Moscas? Fazendo torta de maçã? Me recuso!

E por que a senhorita está tão feliz, heim?

- Ah, amanhã é sábado e... Sei lá! Passei nas provas finais, e tem o baile na sexta!

- Baile?! - disse Christine.

- É! Onde tem jovens dançando, namorando e planejando a perda da sua virgindade... - eu disse rindo.

- E desde quando você gosta disso? - indagou ela.

- Não gosto, mas vou. - respondi.

- Quem te chamou? - perguntou ela.

- Dereck! - falei afinando a voz e ele percebeu minha animação.

-Sabia! - ela disse?

- Como? - perguntei

- O anel ! - ela disse apontando para o meu dedo.

- Você lembra do anel?

- Claro! Você não parava de falar no quanto ele era lindo e brilhava... - nó rimos e ela disse:

-Vamos comemorar! Vou ligar para Robert e Dereck! Vamos sair os quatros...

- Vou descançar! - eu disse indo para o meu quarto. Peguei no sono rápido e sonhei que estava em uma festa. Eu estava dançando com Dereck... Estava escuro, mas depois o refletor iluminou a pista e vi que Dereck estava chorando e dizendo que não podia dançar... Ele queria mas não podia. Quando olhei bem vi que era o garoto que tentou me agarrar na festa da Tamara. Eu larguei imediatamente ele. [Acordei soando] Não tinha o porque sonhar com ele. O baile na sexta vai ser perfeito e eu não vou estragar com paranóias. Eu disse a mim mesma.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Livro Monóico - Segunda parte do cap 7


Segunda parte do Capítulo 7




Antúrio e Ibísco



- Cheguei atrasada no colégio mais uma vez! Entrei na sala e o professor estava aplicando a prova final de calculos. Para o meu desespero o único lugar vago era do lado de Dereck. Eu nunca tinha visto a turma tão cheia quanto aquele dia. - Arfei .

-Eu tinha nota para passar na matéria, eu podia não fazer a prova. Mas olhei para Dereck e ele parecia fazer desenhos na prova.... Resolvi me sentar e fazer a prova. Não por mim, por ele. Fiz tudo em 20 minutos e o tempo que o professor dera estava se esgotando. Quando faltava 10 minutos eu vi o desespero no olhar de Dereck e passei discretamente um papel com a cola de todas as questões. Dereck copiou tudo bem rápido e me passou a folha, olhei pra o final da folha e estava escrito:

- Obrigado! - como não dava mais para escrver naquela folha arranquei outra do meu caderno e passei para ele.

- De nada! - escrevi. - ele me deu a folha novamente.

- Vai ao baile?! - ele escreveu.

- Não sei... e você? - passei o papel.

-Vou! - ele escreveu.

- Bom baile para você! - passei o papel e pensei: Nossa! É a nossa primeira conversa depois da briga que tivemos e estamos conversando por um papel. - Arfei. - Ele me retornou o papel...

- Quer dizer que você não vai?

-Dereck e Brittany, se isso for cola vocês vão se arrepender de terem vindo para o colégio! - disse o professor carrancudo e bizonho de calculos. Ele pegou o papel da minha mão e começou a ler... Fiquei com um certo alívio de não ser o papel da cola.

- Vai com ele! - disse o professor.

- O que? - perguntei

- Deixe o moço te levar ao baile. - disse o professor. Ouvi a risada de Dereck e constrangida peguei minha mochila entreguei a prova e sai.

Eu não sabia se devia esperar Dereck, mas sentei no banco que tinha no corredor. Fiquei olhando para o teto e imaginando que desculpa eu daria para Dereck quando ele saísse da sala e me visse sentada ali...

- Pensei que tinha ido embora. - Ouvi Dereck dizer. - Olhei para o lado e era mesmo ele.

- Ah, é que... Assim... eu.. Queria saber se você foi bem na prova! - eu disse num tom nervoso.

- Você foi bem?! - ele me perguntou.

- Claro! Amo calculos! - respondi

- Então eu fui ótimo. - ele disse dando um sorriso.

- O professor falou algo depois que eu sai? - perguntei.

- Sim, mas eu só vou te contar se você aceitar uma carona minha.

- Tudo bem! - eu disse . Saímos do colégio e fomos para o carro de Dereck, ele abriu a porta e disse:

- Entra borboleta!

- Rainha! - eu disse entrando no carro.

- Claro! Eu vou ser rei... - disse ele dando a volta e entrando na outra porta do carro.

- Se inscreveu para ser o Rei do baile?! - perguntei.

- Sim! E você também! - disse Dereck.

- Eu o que? Nem gosto de bailes... - eu disse.

- Eu inscrevi você e vamos ganhar! - disse Dereck.

- Mentira! Por que você fez isso?! - eu disse batendo nele.

- Pode ser mais agressiva?! Eu gosto! - ele disse.

- Seu ridículo! Me conta...- eu disse.

- Eu inscrevi nós dois para Rei e Rainha do baile e estou comprando votos... Por isso vamos ganhar e você tem que ir ao baile mesmo não gostando. - disse Dereck.

- Você é maluco? - perguntei.

- Por você? - ele retrucou.- fiquei com vergonha e mudei de assunto.

- O que o professor disse para você quando eu sai? - indaguei.

- Quer mesmo saber? - ele perguntou.

- Sim!!! - eu disse.

- Ele disse que a garota que ele levou no baile se parecia com você, e que eu seria um idiota se não te convidasse.

- Pára! Você está inventando. - eu disse.

- Não estou não! - disse ele.

- Eu sei que está. Suas sobrancelhas estão levemente caídas. - eu disse.

- Meu Deus! Você é louca! - ele disse.

- Você que não repara nas coisas. - reclamei.

- Desce! - ele disse parando o carro e abrindo a porta na beira da estrada.

- Dereck da ultima vez que nós paramos na estrada...- ele me interrompeu dizendo:

- Desce logo! - eu desci e ele disse:

- Estende a mão e fecha os olhos. - Eu fingi que tinha fechado os olhos quando vi ele abaixar a cabeça e retirar do bolso o nosso anel! Quando ele estava levandtando a cabeça eu fechei os olhos e disse:

- Já posso abrir?!

- Pode! - disse ele. Eu olhei para o anel, olhei para Dereck e tentei não chorar. Ele se ajoelhou, botou o anel no meu dedo e disse:

- Quer ir ao baile comigo?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Livro Monóico - Capítulo 7



Capítulo 7
















Antúrio e Ibísco











- Eu fechei os olhos achando que aquilo podia ausentar a minha dor, mas me enganei. Fechar os olhso só me fez ver o que eu sentia por dentro, fiz uma viagem pela nossa história e me achei a pessoa mais ibecil do universo por tirado da minha vida a pessoa que eu amo.


- Abri os olhos e não conseguia mais fechar... Eu queria fechar novamente para depois abrir e ter a certeza de que o que eu estava vendo não passava de ilusão. É, eu devo está louca! [pensei]


Não! Dereck tinha ido embora mesmo!


- Eu tinha mais do que eu queria, bem mais do que eu era. O problema é que eu mão sei viver sem querer ser mais do que sou. Eu não sabia como afastar aquele sentimento perturbador de culpa que pulsava em minhas veias.... me dei conta de quanta bobagem nós tinhamos falado. Me olhei no espelho e não era mais a Brittany. Não para mim! Faltava algo que eu sabia bem o que era...


- Eu era a pessoa que destruiu um amor imortal. Como eu consegui vencer a imortalidade daquele amor?! Nós juramos amor eterno... Não era aquele tipo de eternidade que eu queria para nós, senão eu teria dito:


- Que seja eterno enquanto dure! - Acho muito idiota essa frase... Ou é eterno ou não é! Senão eu teria dito:


- Que seja intenso enquanto dure! - Intensidade é muito diferente de eternidade.


- Não tinha que ser assim! Porque nós tinhamos que viver nos ariscando?


-nem as promessas foram o bastante para apagar os erros banais. Em nossas discuções ninguém queria ceder, mas sempre acabava dizendo:


Eu te amo!


Depois das brigas... Fiquei até as três da madrugada tentando ligar para Dereck, mas aquela árvore... Cada vez que eu olhava para ela e via nos galhos as flores de gêneros desiguais achava que eu e Dereck éramos mesmo tão diferentes que eu não devia arriscar. Peguei no sono ás cinco da manhã...


- Briiiiiitt! Acorda.... - disse Robert. - eu não queria levantar, não queria sair do quarto sem ter resolvido tudo aquilo com Dereck.


- Britt não vou chamar outra vez! - disse ele agora bravo.- eu achei melhor levantar e me arrumar bem rápido já que eu não tinha mais um namo...- senti meu peito apertar e decidi não pensar em Dereck, já seria uma tortura vê-lo no colégio.


- Já estpou pronta! - gritei.


- Dereck deve está louco te esperando. - disse Robert.


- Ele não vai... - me calei antes de completar a frase.


- Ele não vai para o colégio? - erguntou Robert. Eu arfei e disse:


- Ele não vai poder me levar hoje....- eu disse sem medo de esconder minha angústia.


Entramos no carro e robert começou a falar de suas brigas com Christine e o quanto o relacionamento deles amadireceu com as brigas. Agora eles são mais fortes juntos. Eu me senti Ibecil ao quadrado por não ter forças para lutar. Se entregar era tão mais fácil.... Eu não devia ter mandado ele embora. Fui covarde!


Cheguei na escola e os dois lugares próximo a Tamare que era onde eu e Dereck sentávamos estava vazio. Dereck estava um pouco mais a frente hoje.


- Sabia que eu estava me acostumando com a idéia de vela dupla?! - disse Tamara tentando descontrair minha tensão. - Eu olhei para ela e sorri meio sem vontade e ela disse:


- Não estou ajudando, né? - eu disse que não com a cabeça.


- Ok! Vou ficar quieta, mas se quiser desabafar.... - eu agradeci e disse:


- Você é linda Tamara! Seu príncipe vai aparecer um dia.


- Estou a 16 anos esperando! Eu achei que tinha encontrado, mas não era. Ele era Moreno... sabe , tipo índio?! E tinha umas pernas bem torneadas, braços grandes e fortes e uasava fraldas de pano. ÉCA! Era o garoto mais lindo do maternal, mas ele usava fralda de pano! Era nojento!


Eu me descontrolei em gragalhadas e disse:


- Quando o príncipe demora a aparecer é porque vai ser "O" príncipe! Não um sapo disfarçado. - Dereck olhou para trás e me fuzilou com um olhar de raiva, não dei muita importancia.


No decorrer das aulas nós não nos falamos, achei que aquilo não terminaria nunca. Olhava no relógio á cada minuto pensando que o Sol tinha parado e que já era noite! Eu queria sair daquela sala. Foi a manhã mais longa da minha vida.


5 Dias se passaram...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Livro Monóico - segunda parte do cap 6





Capítulo 6.













Minha terra, meu céu, meu ar...





- Você é minha terra, meu céu, meu ar...

O fogo que me consome, o meu doce lar. (Espero que goste)

- Abri a porta e estava tudo mudado! As paredes que antes eram lilás foram para um tom pastel simpático. Elas eram vivas! Contavam histórias... Tinha um céu pintado no teto e um campo verde com flores no lugar do carpete que ficava no chão.

Em cima da minha cama, na parede... Havia uma árvore linda! Ela era grande nos seus galhos haviam flores de dois gêneros diferentes.

- Onde está Dereck? - perguntei.

- Estou aqui! - disse Dereck saindo do guarda-roupas com um anel brilhante.

- Onde aprendeu a desenhar tão bem? - perguntei.

- Como você sabia que foi eu quem fiz isso tudo? - perguntou ele.

- Pelo versinho na porta. - eu disse sorrindo.

- Tenho talentos! - ele disse se exibindo.

- Precisa melhorar com os versinhos. - eu disse. Ele fez uma cara de chorão e eu pulei em cima dele e lhe dei um beijo e disse:

- Esse teve gosto de amor!

- Quer ser minha noiva?! - perguntou ele.

- Sim, muito sim! - eu respondi.

- Legal! Voltei a ser vela dupla. - disse Tamara. - Todos riram e fomos para a parte de baixo da casa. Descemos e Dereck me levou para a parte de trás da casa, quando saímos pela porta dos fundos da casa Dereck disse:

- Aproveite sua festa de noivado! - eu olhei para ele querendo não acreditar no quanto ele era incrível. Definitivamente eu não conseguiria mais viver sem Dereck.

- E se eu não aceitasse? - indageuei.

- Você não faria isso. - disse ele um tanto convencido.

- Gostou da surpresa filha? - perguntou Christine.

- Sim!!! Foi você quem contratou o buffet, né? - perguntei.

- Claro! Vou acabar ficando desempregada por faltar o trabalho. - disse Christine sorrindo.

- A festa foi linda! Dereck levou nossos presentes para meu quarto novo ... Ficamos um bom tempo deitados na cama e eu disse:

- Que árvore linda!

- É um monóico. - disse Dereck.

- Monóico? - perguntei.

- Está vendo as flores diferentes nos galhos?

- Sim. - respondi.

- Então, a árvore se chama monóico por possuir dois lados complexos no mesmo galho. Dois gêneros de flores diferentes. - disse Dereck.

- Que lindo! Somos eu e você.... um monóico. - eu disse.

- Você é o meu outro lado... O que eu mais gosto! - disse Dereck.








Meses se passaram...








- As coisas entre eu e Dereck estavam mudando. Se amar muito todos os dias... É certo acabar em brigas.

- Nós mudamos! U com o outro. - eu disse para Dereck.

- Nós não mudamos! Só estamos nos conhecendo de verdade. - Aquilo me fez sentir uma pontada tão forte no peito que eu achei que meu coração explodiria dentro de mim ou me sufocaria com tanta dor. Não quis admitir, mas Dereck estava certo. Nem tudo são flores...

No ínicio é fácil mentir para agradar o outro, mas essas mentiras vão te sufocando pouco á pouco. Vão fechando cada fresta que possa te fazer respirar, e você só se livra disso com D.R.

Odeio esse termo! Sempre achei que eu e Dereck poderiamos resolver as coisas num olhar ou sem discutir. Mas quando tentávamos... Um começa a gritar mais que o outro.

Na verdade, quando tem duas pessoas estão gritando ao mesmo tempo você escuta a outra pessoa, mas você só entende o seu lado. Eu ouvia a voz de Dereck que me irritava a cada segundo, também ouvia a minha. Mas não conceguia sequer entender o que ele dizia. Eu também estava gritando.

- Eu sou Antúrio, e você é Ibísco. - disse Dereck.

- O que? - perguntei.

- Nosso amor é essa "árvore" e nós somos "as flores da árvore". Pena que as flores são tão diferentes. - ele disse.

- Mas é isso que faz a "árvre" bonita e diferente. - retruquei.

- É? Então pára de pensar que eu saí de um livro infantil. Eu não sou um príncipe! - disse Dereck.

Dereck viu que meus olhos covardes estavam prontos para desaguar e disse:

- Desculpa! Eu vou tentar melhorar minha princesa. - ele pegou minha mão e eu disse:

- Vai embora! - Olhei para ele e percebi que um desespero incontrolável tomava conta de seus olhos. Ele desviava o olhar a cada segundo que eu criava forças para olhar em seus olhos.

- É isso que você quer? - perguntou ele.

- Não! - respondi. - le me olhou com uma cara esperançosa e eu disse:

- Mas é disso que eu preciso. - ele se virou e fui tirando o anel de noivado. Á cada centímetro que o anel se afastava eu sentia que nossa ligação ficava cada vez mais fraca.

- Dereck! - eu disse com um nó na garganta. As lágrimas já estavam desenhando caminhos do dor em meu rosto.

- O que foi? - ele perguntou.

- Acho melhor ficar com você!- eu disse dando o anel na mão dele. Quando toquei na mão de dereck senti fervor que mequeimava a alma. Dereck me fez fervilhar por dentro quando ele disse:

- Tudo bem! Mas ele sempre será seu...