segunda-feira, 15 de março de 2010




Biscoito da sorte!



Olhei para ele afim de revelar a minha "sorte" , mas olhando assim, desse ângulo... Eu via lá no fundo o palhaço, olhando pra mim e me recriminando de qualquer ato que ele não estivesse de acordo. Ignorei o palhaço e qualquer aviso do destino, mesmo que o lenço e sua cor digam para eu seguir minha intuição... Hoje eu só queria ser normal. Ser a Jess! E não a louca cheia de supertições e doente.

- Então, o que está escrito? -perguntou Clay.

- Riqueza, saúde e sucesso. Não dependem apenas de sorte. Basta conhecer o segredo nas livrarias. - respondi.

- Posso ir na livraria com você? - disse Clay. - passei a mão esquerda nos cabelos que agora não batem mais debaixo do ombro. Estão repicados num chanel.... digamos, Victoria Beckham.

- O que diz o seu? - perguntei tentando fugir do meu desespero de querer dizer sim e minha dor de não saber se estava preparada para um encontro. Ainda mais um encontro literário. Provavelmente ele iria me perguntar quantos livros eu já tinha lido, e o que eu iria dizer?! Branca de neve e os sete anões?! A chapelzinho vermelho?!

- 4:00 da manhã... seu dia chegou! - disse Clay.

- Não entendi! - eu disse.

- Nem eu.... Ou, será que nós devemos ir a uma livraria ás 4:00 da manhã?!



- Não viaja! -respondi. - nós rimos e fomos dançar. Tinha uma garota que não para de nos olhar, devia ser amiga do palhaço. Aliás, palhaço?!- Olhei tudo a minha volta e não o vi mais. Jurei a mim mesma nunca mais falar com palhaços... Eu estou tão bem, tão segura de mim mesma, não sei porque sinto que a festa está acabando... Queria que fosse até as 4:00 da manhã para sair pela rua em busca de uma livraria com Clay. Ele me olhou e disse:
- Qualquer dia eu te ligo pra gente ir numa livraria as 4:00 da manhã! - eu mordi os lábios prendendo uma risadinha que obviamente deixaria as maçãs do meu rosto vermelhas.
- Está bem! - isso foi o melhor que eu pudi dizer?! Quando vi ele indo em direção a porta fiquei com raiva de mim por não ter assumido o controle da situação... Ele abriu a porta e eu desejei com os olhos fechados que lá fora estivesse uma chuva temporã e avassaladore e o fizesse voltar. Que nada! a noite estava linda e luminosa. Ele deu a ultima olhada e se foi. Senti que minha nova vida fora mais rápida do que eu imaginava... Mas ela estacionou, ali na porta. Fui subindo as escadas e sentido um olhar por de trás, me virei na esperança... Era ela, a vida ficou por ali me olhando por trás.



-Triiiiiiiiiiiiimmmm!!!! - toca o telefone. - Olhei para tia Loren que impacotava a festa que tinha dado seu ultimo suspiro de vida e ela fez que não com a cabeça. Fiz uma cara de brava e desci novamente a escada para atender o telefone. Eu tinha avisado pra minha mãe por um extensão na parte de cima da casa, mas alguém me ouvi?
- Alô? - disse nun tom rustico.
- Jess? - disse uma voz máscula e bem conhecida.
- Doutor FIORELLI?! Porque não veio na minha festa?
- Estou de plantão e... - o interrompi.
- Mas é a minha festa e o sr jurou que viria!
- Não se preocupe! seu presente está a caminho...
- Presente? O que é? Sabe muito bem que não sou nem um pouco curiosa meu caro rapaz! - ele sorriu e disse:
- Sua mãe está?
- Sim. - respondi.
- Pode chama-la? - fui correndo antes mesmo de dar a resposta, encontrei minha mãe tirando o lenço azul do palco. Disse a ele que o doutor Fiorelli estava no telefone e ela imediatmente se dipos a ir atender... Eles devem está tramando um festinha surpresa no hospital...-pensei- Fiquei ali, no pé dela! Tentando ouvir algo. nada! Até que ela disse:
- Jess, pega o bippi. Sem entender nada fui para o meu quarto peguei o bippi e levei até ela, e foi quando ela disse:
- FELIZ ANIVERSÁRIO!
- Mãe o bippi eu já tenho desde os 7 anos de idade! - Mas foi a primeira vez que ele deu seu grito
de vida! Eu sabia o que aquilo significava, mas não queria me empolgar antes do tempo.

Vi uma lágrima cristalina rolar no rosto de minha mãe. Loren sempre dizia que as lágrimas faziam caminhos de dor nos rostos, e quando chegavam aos lábios eram como um mar de água salgada que lhe cortava a garganta. A lágrima foi percorrendo as bochechas fartas e avermelhadas de Cix, depois foi se acomodando na ponta do nariz. Quando pensei que ali ela iria estacionar me dei conta de que ela estava se preparando para um salto mortal que a faria cair em seus lábios. Fiquei atônita esperando a reação de Cix... E o que ela fez? Ela abriu um sorriso lindo e contagiante. Eu sorri mesmo sem saber o porque. Ela me abraçou e disse:

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